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O Medo de Não Viver e a Arte de Escolher

Tempo de Leitura: 2 min

O nosso destino pessoal é uma questão que há muito tempo intriga a mente humana. Perguntamo-nos: qual é o meu destino? Num universo tão vasto, grandioso, deus provavelmente não tem um destino para cada um de nós. Se calhar deus nem sabe que nós existimos. No entanto, não devemos desanimar, porque, afinal de contas, também não queremos um caminho já feito. Desejamos é ser autores das nossas próprias vidas e escolhermos nós o caminho que queremos.

A vida é repleta de desafios e perigos, e é precisamente isso que a torna uma aventura verdadeira e significativa.

O caminho que está à nossa frente é oculto. O caminho revela-se à medida que avançamos, pois, como diz o ditado, “o caminho faz-se caminhando”. Permanecer na inércia, à espera de que o caminho nos seja revelado de forma miraculosa, é a receita para viver à deriva, à mercê das circunstâncias.

No entanto, ao chegarmos à velhice, ou quando nos encontrarmos no limiar do último suspiro, com 99 anos de idade, a verdade mais dolorosa manifestar-se-á, ou não. Não será a angústia dos nossos fracassos, mas provavelmente o arrependimento de tudo o que não fizemos. O fracasso de todas as possibilidades que não explorámos. O medo de caminhar com as nossas decisões e responsabilidades, não é tão assustador quanto é o medo e o arrependimento de não ter vivido.

Portanto, não é o temor da vida que nos deve inquietar, mas o medo de desperdiçar a preciosidade desta nossa vida, sem a realmente viver. Cada dia é uma página em branco, que pode ser escrita com as nossas escolhas, decisões e aventuras. O destino pessoal, assim, deixará de ser uma linha reta predefinida e torna-se-á um caminho tortuoso, talvez, mas cheio de surpresas, desafios e, acima de tudo, de acordo com as escolhas que são as nossas e somente nossas.

Pedro Abranches, Psicoterapeuta Transpessoal

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